quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Esperança encardida


Andou pra procurar nova paisagem

Sempre com a certeza do oásis

E o sonho se tornou uma esperança

Já a muito encardida.


Agora hastia a bandeira negra

Toda a loucura do mundo que segue

Em seu giro frenético, mais uma vez

Apago meu sorriso e não digo nada.


Sinto por não mudar, sinto por não mudar por você

Porque mesmo se me lancei em jornada impossível

É de se saber que não haverá

Gloria da chegada.


Ergui-me em cima de minhas próprias fraquezas

Mas esqueci que o vento é forte demais pra mim

E como um moinho velho que pensava que era dragão

Fui ao chão e ouvi o próprio estrondo de minha queda.


Uma nova, "vida nova", das muitas que tenho tido a cada mês

Um novo começo de abandonos, umas poucas lembranças de porres

Essa é mais uma semana de promessas desfeitas

E planos esquecidos.


De mim não espero nada, e ninguém espera por mim

É o entardecer dessa vida, é o medo da noite chegar

Sou agora uma rotina de paisagem da ida e volta pro trabalho

Que passa que passa que passa que passa...

3 comentários:

Thuany Freitas disse...

Nem sei o que dizer, por todos os textos seus que já li, este com certeza é o que mais me cofunde.. mas é o que mais vejo beleza na dicção e ligação das palavras, das idéias nelas contidas!
Mas cada um interpreta de um jeito não é mesmo?
Abraço grande a você!

Maaaai disse...

Acho que estamos num período de eterna confusão, mesntas embaraçadas, conflitos das palavras, de idéias, de ideiais...
Pelo q me parece, é um momento para todos, será?
Quem sou eu para definir por alguém? Não defino nem por mim... Não é?
Ah Grande Hugo, a fã dos seus textos não poderia faltar aqui né? AHuhauhAuhAha^^

Distantes Sonâmbulos. disse...

Hehehe com certeza! Esqueci de te avisar que tinha postado, mas vc achou assim mesmo heheh!

vlw!